Os Adventistas (The Adventists)
"Os Adventistas" explora o que o cineasta independente Martin Doblmeier considera um paradoxo: uma comunidade de fé conservadora na linha de frente da tecnologia médica. O filme fala também sobre vegetarianismo e longevidade. Saber por que os adventistas, que creem na breve vinda de Jesus, têm um compromisso com a longevidade e bem viver motivou o documentário, explicou Doblmeier. O filme começa com a cronologia da Igreja Adventista, dando enfoque sobre a pioneira Ellen G. White e outros membros originais após o desapontamento da falha do retorno de Jesus à Terra em 1844. Os adventistas hoje, Doblmeier parece dizer segundo o filme avança, têm tanta fé quanto os membros originais, mas são comprometidos em viver responsável e positivamente, causando impacto naqueles ao seu redor enquanto esperam pela segunda vinda de Cristo. Esse impacto é em grande medida enraizado na ênfase da igreja no viver saudável, conclui o filme de Doblmeir.
Ao filmar "Os Adventistas", Doblmeier disse que o que o impressionou mais foi "quão central é a teologia de atenção à saúde" para o adventismo. O filme apresenta histórias de muitos dos principais hospitais e centros médicos da Igreja Adventista, inclusive o Centro Médico da Universidade Loma Linda, na Califórnia, o Centro Médico Kettering, em Kettering, Ohio, o Hospital Santa Helena, em Santa Helena, California, e o Centro de Saúde Celebration, em Celebration, Flórida, onde a mãe de Doblmeier certa vez recebeu tratamento.
"Os Adventistas" remonta a herança de viver saudável da Igreja ao fim dos anos 1800. Mesmo então os centros médicos dirigidos pelos adventistas eram mecas de saúde conhecidos por oferecer as mais avançadas técnicas médicas - o Sanatório de Battle Creek, em Battle Creek, Michigan, atraía pacientes tais como Amelia Earhart e Henry Ford, historia o filme.
Doblmeier dedica considerável tempo do filme a avanços mais recentes na área médica, como o transplante bem-sucedido do coração de um babuíno numa criança no Centro Médico da Universidade Loma Linda, bem como avanços na área de cirurgia robótica e mesmo à distância.
Ele também destaca o compromisso dos adventistas com a guarda do sábado. "Eu realmente me senti tocado pela cultura do sábado na Igreja Adventista. Os adventistas não ficam simplesmente à toa no sábado - estão ajudando as pessoas e impactando suas comunidades", comenta Doblmeier.
A reação ao filme de parte da comunidade adventista tem sido "gratificante", disse Doblmeier, acrescentando que espera que aqueles que não tenham formação adventista achem o filme "uma avaliação equilibrada e positiva" do impacto da igreja nos Estados Unidos.
De uma perspectiva adventista, o filme pode parecer por demais positivo, mas Doblmeier declarou que acredita que os não adventistas que o virem poderão considerar alguns aspectos do filme de forma diferente. "Eles verão Ellen White e suas visões retratadas honestamente em seu papel central na fundação da igreja, e creio que isso irá levantar algumas sobrancelhas", ele comentou.
"Os Adventistas" é o último dos 25 filmes de Doblmeier que obteve prêmios cinematográficos ao retratar religião, fé e espiritualidade, o que inclui "Bonhoeffer", um documentário sobre o teólogo Dietrich Bonhoeffer, que resistiu ao nazismo, e "Albert Schweitzer: Chamado à África", um filme recordando a vida daquele humanitário ganhador do prêmio Nobel.
Doblmeier é presidente e fundador de Journey Films, sediado em Alexandria, Virginia, EUA. Descobrir "o que está acontecendo na cultura contemporânea e ver como a religião está interagindo nisso" motiva esses filmes, explica Doblmeier.
Assista o filme clicando aqui.